(ultima atualização em julho/2017)
Rio de Janeiro, RJ, 1977.
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ.
Representada pela Galeria Inox.
Indicada ao Prêmio PIPA 2013 e 2017.
Celina Portella estudou design na PUC-Rio e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII. Desde meados de 2000 trabalha com artes plásticas e dança. A partir do vídeo, suas obras dialogam com a arquitetura, o cinema, a performance e ultimamente com a escultura, caracterizando-se especialmente por um questionamento sobre a representação do corpo e sua relação com o espaço.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2017:
“Dois pesos e duas medidas”, 2016, duração: 15″ “Deságua de beber”, 2014, duração: 1’30” “Deságua na paisagem”, 2014, duração: 1’30” “Deságua na cachoeira”, 2014, duração: 1’30” “365º”, 2014, duração: 6’08” “Auringa, ahorita y ahora”, 2014, duração: 8’40” Cena Familiar, 2012, 2’16”: A instalação “Cena Familiar” é composta por vídeo-projeção e pessoas. Em ações corriqueiras, membros de uma família encaixam e desencaixam-se continuamente em suas próprias imagens. A interação ao vivo com o vídeo confere ao trabalho também um caráter de performance e propõe reflexões a cerca da questão do tempo, da idéia de permanência x movimento. Realizado por Celina Portella no Festival Panorama 2012, nas Cavalariças da EAV Parque Lage, Rio de Janeiro. Vídeo-Boleba, 2011, 0’56”: A instalação “Video-Boleba” mostra dois meninos jogando bolinhas de gude. Ao sumirem do quadro da imagem pela borda lateral da tela, as bolinhas irrompem o real. A cena iniciada na imagem é estendida para o espaço próximo ao público dando continuidade ao deslocamento espacial virtual no plano material. “Vídeo-Boleba” é resultado de um projeto de Celina Portella selecionado pelo edital de apoio à Pesquisa e Criação Artística da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro em 2011. Nós, 2011, 3’45”: “Nós” é uma ação entre o corpo e seus múltiplos projetados em escala real. A interação entre corpo e imagem propõem movimentações simples e dinâmicas, resultando em composições variadas entre os “personagens”. Movimento², 2010, 3’14”: O projeto Movimento² apresenta vídeos onde o corpo se movimenta interagindo com as bordas do quadro e hora determinando o movimento da tela de exibição. Nos “vídeos-objetos” 1, 2 e 3, as telas são fixas e a relação com o espaço se difere pela variação das dimensões do corpo contido no frame videográfico. Nos “vídeo-objetos” 4 e 5 a tela se desloca horizontal e verticalmente de maneira vinculada a imagem, gerando uma conexão entre ação da virtual e espaço real. Derrube, 2009, 9’53”: Movimentos Detenidos, 2008, 3’21”: Trabalho de intervenção urbana realizado durante a residências no CRAC Valparaiso – Chile, em abril/maio de 2008.
A projeção/ação realizada por Celina Portella tem duração de aproximadamente 13 minutos.
As 5 vídeo-instalações da Artista Plástica Celina Portella, foram criadas na residência LABMIS do Museu da Imagem e do Som, São Paulo.
Celina Portella vive e trabalha no Rio de Janeiro, estudou design na PUC-Rio e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII. Trabalha com artes plásticas e dança. A partir do vídeo e da fotografia, suas obras dialogam com a arquitetura, o cinema, a performance e ultimamente com a escultura, caracterizando-se especialmente por um questionamento sobre a representação
do corpo e sua relação com o espaço.
Foi contemplada recentemente pela Bolsa do Programa de Estímulo à Criação, Experimentação e Pesquisa Artística SEC + Faperj e também pelo I Programa de Fomento a Cultura Carioca em Artes Visuais, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura e com a bolsa do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV Parque Lage no Rio de Janeiro.
Recebeu indicação ao prêmio da Bolsa ICCO/sp-arte 2016, ao prêmio de aquisição EFG Bank & ArtNexus na SP Arte 2015 e ao prêmio Pipa 2013 e 2017. Foi premiada na XX Bienal Internacional de Artes Visuales De Santa Cruz na Bolivia em 2016, assim como no II Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco em Recife. Participou da residência no Centre international d’accueil et d’échanges des Récollets em Paris, da residência LABMIS, do Museu da imagem e do Som em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra na Bolívia, entre outras.
De participações em mostras coletivas, destacam-se Dublê de Corpo na Galeria Carbono, Esboço para uma coreografia na Galeria Central, Verbo na Galeria Vermelho, III Mostra Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, o 60o Salão de Abril (Fortaleza) e o 15o Salão da Bahia. Como bailarina e cocriadora trabalhou com os coreógrafos Lia Rodrigues e João Saldanha.
Movimento²
por Ligia Canongia
Celina Portella formou-se em artes plásticas na Université Paris VIII, no final dos anos 1990. Tem sido contemplada por diversos programas de fomento à cultura, como a Bolsa de Apoio à Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, entre outros. Participou de programas de residência de artistas, como o Récollets, em Paris, e LabMIS, em São Paulo. Foi igualmente contemplada no Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV, Parque Lage, participou da III Mostra do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo e da exposição “Nova Arte Nova”, no Centro Cultural Banco do Brasil, RJ. Em 2013, foi indicada ao Prêmio PIPA.
Com formação em dança, a artista guarda conexão direta com o universo coreográfico, de onde se origina seu interesse pelo corpo e as questões de sua representação.
A performance é descrita como uma ação artística realizada ao vivo e em caráter provisório, cuja duração só pode ser estendida e perpetuada através de registros em fotos, filmes e vídeos. Muitos desses registros têm sido incorporados ao circuito de arte como obras, embora não tivessem tido, a priori, outra função que a documental. Celina Portella, ao contrário, propõe a interação absoluta entre a expressão corporal e a mídia, tornando a fotografia e o vídeo partes estruturais do próprio trabalho. De tal forma performance e meios estão conjugados, que pertencem ao mesmo signo, indissociáveis. E essa é uma das questões fundamentais da obra e da exposição “Movimento²”. Durante o percurso de sua trajetória, a artista tem buscado a sincronia perfeita entre as ações reais e virtuais, fazendo o corpo dialogar intrinsecamente com diversos meios, que podem trafegar da dança ao vídeo e ao cinema, ou mesmo aludir a um gênero concreto, como a escultura. Dessa forma, entrelaça linguagens antes dissociadas, numa comunhão entre os enunciados e seus instrumentos.
O foco central da obra, portanto, converge para o limite entre a realidade virtual e as ações corporais, na tentativa de embaralhar suas fronteiras e confundir o real com o universo da ficção. Com o artifício do trompe-l’oeil e a integração radical dos meios, Celina Potella situa o trabalho no terreno ambíguo entre o material e o imaterial, entre a objetividade do mundo e a ilusão. A obra possui ainda a potência de redesenhar a ação performática em situações imponderáveis, de desgovernar a percepção do senso comum e de provocar vertigem com a perda das referências espaciais. Assim, “Movimento²”, longe de aparentar-se com a trucagem fácil das manipulações digitais, visa produzir fluxos inesperados na visão da realidade e uma torção nos conceitos tradicionais de ação, registro, movimento e espaço.
Dublês
Por Celina Portella
Os mecanismos ilusórios criados por Celina Portella em suas instalações “Derrube” e “Vídeo-Boleba” propõem, na exposição Dublês, um questionamento sobre os paradigmas da percepção. Realizadas em períodos diferentes, as obras fazem dialogar as linguagens da performance, da arquitetura, do vídeo e da escultura, e abordam de duas formas as fronteiras entre a ilusão e a realidade.
A investigação em torno do suporte físico da imagem decorrente de suas experimentações com projeção em escala real levam a artista a incluir o “objeto” em seus trabalhos, criando interfaces com “novos espaços” e articulando realidade material e o mundo da virtualidade.
Enquanto que, em “Derrube”, uma projeção revela uma sobreposição de imagens, embaralhando dimensões, tempos e espaços e confundindo a percepção do espectador, em “Vídeo-Boleba”, a cena iniciada na imagem é estendida para o espaço próximo ao público, dando continuidade ao deslocamento espacial virtual no plano material. A interação entre o vídeo e objetos produz conexões entre naturezas supostamente paralelas, atribuindo substância, volume, peso, enfim, matéria, à imagem.
A exposição “Dublês” sugere uma duplicação do espaço, do tempo, do corpo, de realidades e dimensões múltiplas, engendrando um estado de dúvida. Nela, o mundo concreto é contraparte do ilusório e vice-versa. Enquanto o vídeo busca uma representação fiel da realidade, seu desdobramento fora da tela busca reproduzir a imagem. O material e o virtual dublam, um ao outro. Finalmente, os dispositivos de Celina Portella burlam, manipulam, desordenam o olhar do espectador, confundindo sua percepção e propondo um questionamento sobre a ideia consensual de realidade.
O trabalho “Derrube” foi realizado em 2009, por meio do prêmio do II Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife. A instalação “Vídeo-Boleba”, trabalho inédito, é resultado de um projeto selecionado pelo Edital de Apoio à Pesquisa e Criação Artística – 2011 da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, que contou com a orientação da crítica e curadora Ligia Canongia.
Formação
1998/01
– Artes Plásticas – Université St. Denis/Paris VIII, Paris, França
1994/97
– Design e comunicação visual – PUC-RJ, Rio de Janeiro, RJ
Exposições individuais recentes
2015
– “Puxa”, Galeria Inox, Rio de Janeiro, RJ
2014
– “Movimento²”, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, RJ
– “Deságua”, A Gentil Carioca Lá, Rio de Janeiro, RJ
2013
– “Dublês”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ
– “Instalação/Performance Cena Familiar”, Panorama de Dança 2012, Rio de Janeiro, RJ
2012
– “Vídeo-Boleba”, III Mostra do Programa de Exposições, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, SP
2011
– “Celina Portella-Instalações”, Dança em Foco, Sesc Pinheiros, São Paulo, SP
2010
– “Para Espectadores Remotos”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ
2009
– “Auringa”, Galeria Kiosko, Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
Exposições coletivas
2016
– “Dublê de Corpo”, Galeria Carbono, São Paulo, SP
– XX Bienal Internacional de Artes Visuales De Santa Cruz de la Sierra, Santa Cruz, Bolívia
– Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, Galeria de Arte Sesi-SP, São Paulo, SP
2015
– TRIO Bienal, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ
– “O tempo e os tempos”, Galeria Carbono, São Paulo, SP
2014
– “Esboço para uma coreografia”, Galeria Central, São Paulo, SP
– “Paisagens Inventadas”, Eixo Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ
– “Efígie”, Ateliê da Imagem, Rio de Janeiro, RJ
2013
– Verbo 2013, Galeria Vermelho, São Paulo, SP
– “Blockini”, Evento Alalaô, Rio de Janeiro, RJ
– “Retrato: Autorretrato”, MUV Gallery, Rio de Janeiro, RJ
2012
– Instalação/Performance “Cena Familiar”, Festival Panorama de Dança 2012, Rio de Janeiro, RJ
– “Abre Alas”, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, RJ
2011
– “Corpo incógnito: água viva”, Galeria AmareloNegro Arte contemporânea, Rio de Janeiro, RJ
– “Mostra Curta Cinema”, Galeria A Gentil Carioca Lá, Rio de Janeiro, RJ
2010
– “Mostra Labmis”, Museu da Imagem e do Som, São Paulo, SP
– “Mostra Sesc de Artes 2010”, São Paulo, SP
– “Mostra Sesc Arte 24 horas”, Rio de Janeiro, RJ
2009
– “Territórios de Afetos”, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, PE
– “Mostra Vídeocidades”, Projeto Imagem Pensamento, Belo Horizonte, MG
– “Atelier 397”, São Paulo, SP
– 60º Salão de Abril, Fortaleza, CE
2008
– 15º Salão da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA
– “Nova Arte Nova”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ / São Paulo, SP
– “Beneath the bridge”, Pablo’s Birthday Gallery, Nova York, Estados Unidos
– Carlos Garaicoa Open Studio 2.0 e ARCO, Madrid, Espanha
– “Coletiva”, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, RJ
2007
– “Mac Vazio”, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Rio de Janeiro, RJ
– “Strip Film Festival”, Ménagerie de Verre, Paris, França
– “Moves 07”, Manchester, Inglaterra
– “Loop Festival”, Barcelona, Espanha
2006
– “Lusovideografia”, Oi Futuro, Rio de Janeiro, RJ
– “Jardim das Delícias”, Galeria do Lago/ Museu da República, Rio de Janeiro, RJ
– 1ª Bienal de Performance y Arte Acción Deformes, MAC, Santiago, Chile
Bolsas e prêmios
2016
– Bolsa do Programa de Estímulo à Criação, Experimentação e Pesquisa Artística, SEC+Faperj, Rio de Janeiro, RJ
– Indicação ao prêmio de bolsa ICCO/sp-arte 2016, São Paulo, Brasil, SP
– Premiada no XX Bienal Internacional de Artes Visuales De Santa Cruz de la Sierra, Santa Cruz, Bolívia
2015
– Indicação ao prêmio de aquisição EFG Bank & ArtNexus, SP Arte, São Paulo, SP
2013
– Contemplada pelo I Programa de Fomento a Cultura Carioca, em Artes Visuais, Rio de Janeiro, RJ
– Indicação ao Prêmio PIPA, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ
2012
– Bolsa de apoio a Pesquisa e Criação Artística, Secretaria de Estado de Cultura, Rio de Janeiro, RJ
2010
– Residência Labmis, Museu da imagem e do Som, São Paulo, SP
– Bolsa de pesquisa Núcleo de Arte e Tecnologia – EAV Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ
2009
– Residência internacional Récollets, Paris, França
– Residência internacional Galeria Kiosko, Santa Cruz, Bolívia
2008
– II Concurso de Vídeoarte, prêmio da Fundação Joaquim Nabuco, Recife, PE
– Bolsa de criação 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Recife, PE
– Residência, Spa das Artes, Recife, PE
– Residência no CRAC, Valparaiso, Chile
2007
– Duplicata, Projeto contemplado pelo Dança em Foco, Oi Futuro, Rio de Janeiro, RJ
2006
– Passagem, projeto contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, São Paulo, SP
Video produzido pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2013:
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